“O incidente mais grave em quase duas décadas na Europa”, partilhou na rede social X Dan Jørgensen, Comissário Europeu para a Energia e Habitação, ao comunicar, no dia 29 de abril, que a situação energética em Espanha e Portugal tinha regressado à normalidade. Segundo o Observador, Comissário Europeu afirmou que o executivo comunitário vai apoiar Portugal e Espanha e que as causas do apagão serão apuradas através de uma investigação exaustiva.
O apagão de 28 de abril de 2025 deixou Portugal sem energia. E, rapidamente, sem comunicações. Segundo dados da Ookla (responsável pelo Speedtest, o teste de velocidade de internet mais utilizado no mundo), a consistência das redes móveis portuguesas caiu para menos de 40% até às 14h, com velocidades de download 75% inferiores ao dia anterior. O impacto foi especialmente severo no litoral, de Braga a Santarém, onde as velocidades desceram até 90%. No interior, as quebras foram menos acentuadas, ficando abaixo dos 40%.
As três principais operadoras nacionais ativaram de imediato os seus planos de contingência, assim que se tornou claro que a falha energética teria impacto prolongado nas redes. Segundo o Jornal de Negócios, a Vodafone, a NOS e a MEO mobilizaram equipas técnicas, recorreram a geradores e limitaram o uso de dados móveis para garantir a continuidade dos serviços essenciais, como hospitais e comunicações de emergência.
À medida que a energia foi sendo reposta, a MEO, a NOS e a Vodafone começaram a normalizar progressivamente os serviços de voz e de dados. De acordo com o mesmo artigo do Jornal de Negócios, a maioria dos clientes destas três operadoras recuperou o acesso às comunicações nas zonas onde a eletricidade já tinha sido restabelecida, com as redes a funcionar quase na totalidade no dia seguinte ao apagão. As operadoras mantiveram equipas no terreno para resolver situações pontuais e garantir a reposição total dos serviços, sobretudo nas zonas mais afetadas.
A operadora low cost mais recente do mercado, DIGI, foi a última a anunciar a reposição do serviço após o apagão.
Segundo o 4gnews, foi cerca das 23h de 29 de abril que a DIGI conseguiu normalizar a rede móvel, alertando ainda que ainda poderiam ocorrer algumas falhas pontuais após o anúncio de normalização do serviço.
As restantes operadoras low cost não foram referidas pelos órgãos de comunicação relativamente a problemas na recuperação das comunicações após o apagão.
Em suma, o apagão de 28 de abril de 2025 evidenciou a vulnerabilidade das infraestruturas críticas em Portugal, destacando a necessidade de reforçar a resiliência energética e a preparação para situações de crise de grande escala.
O evento foi imortalizado pelo talentoso lápis do caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro, contribuindo para a divulgação e aceitação do telefone entre a população. E. gradualmente, instituições culturais como o teatro D. Maria II e o Coliseu dos Recreios aderiram ao serviço telefónico, ampliando a sua utilização.